1 - Dra Joana, conte-nos um pouco sobre a sua trajetória.
Eu me formei pela PUCCAMP e logo em seguida comecei a me preparar para ingressar no Concurso Público da Procuradoria do Estado de São Paulo. Na época, a Procuradoria do Estado de São Paulo exercia a função de promover a assistência jurídica para a população vulnerável. Antes de ingressar na Defensoria Pública, passei no Concurso da Procuradoria do Município de Guarulhos, onde exerci a função por apenas 6 meses. Em 2007, ingressei no Primeiro Concurso da Defensoria Pública e atuo, desde então, nas Varas de Família e Infância Cível.
2 - O que te motivou a escolher a carreira da defensoria pública?
Sempre gostei de trabalhar com pessoas vulneráveis. Durante a faculdade estagiei nos escritórios da PUCCAMP. Na época, com a supervisão de advogados, prestava assistência jurídica para a população hipossuficiente. A partir desse estágio, decidi que era isso o que eu gostaria de fazer.
3 - Fale-nos um pouco sobre a importância dos direitos humanos e do direito constitucional em nossa sociedade e na carreira da defensoria pública.
A Defensoria Pública tem um papel fundamental na promoção dos direitos humanos. O artigo 5, LXXIV da Constituição Federal, garante a prestação de assistência jurídica pública, integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos. Esse direito é materializado pela Defensoria Pública, instituição essencial à função jurisdicional do Estado.
4 - Quais os desafios para a defensoria pública em 2025 e pela frente?
Acredito que o maior desafio da Defensoria Pública é fortalecer a atuação institucional, com o fim de consolidar o modelo público de assistência jurídica integral e gratuita. O fortalecimento da instituição deve se dar interna e externamente, através da desburocratização de fluxos internos, aprimoramento de tecnologias e intensificação do diálogo com os três Poderes, visando sempre agilizar e atender com maior celeridade e excelência a população.
5 - Que conselhos daria a uma jovem estudante de Direito que pretende ingressar na defensoria pública?
Eu diria que é preciso ter empatia pelos usuários dos nossos serviços. Além de conhecimentos técnicos, é necessário ter uma escuta ativa para ser um bom defensor público.
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